25.8.07

ESPANCADO ATÉ A MORTE POR SUAS PALAVRAS DE AMOR





Venha dizer o que sinto quando já não sinto nada:
-Por favor, amor , abaixe essa espingarda!
Tudo é azul quando eu estou dormindo,
Só me sinto cinza quando visto calça e cinto,
As vezes tudo aperta, as vezes tudo esperma,
Na rua não tem muito espaço:
-Carro mata sapo!
E muitos postes para os bêbados mijarem,
Nos prédios há muitos poodles e todos são gentlemans,
Eu as vezes queria ser um poodle
Criado por uma ninfeta linda, de aparelho colorido nos dentes,
Mas querer não é phoder,
Como disse Ela numa noite fria no velho e distante apartamento
branco, vazio e cheio de sangue de minha alma
Espancada até a morte por suas palavras de Amor.

d..b
2003

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