15.6.07

MOPHO - MOPHO



M O P H O

A Banda

Tudo na música desta banda radicada em Maceió lembra o rock brasileiro bem feito nos anos 60 e 70. Teclados que remetem à fase solo do Arnaldo Baptista se misturam a sonoridades que parecem Mutantes, Beatles e com o mais puro rock and roll verde e amarelo que nunca mais teve a mesma sonoridade depois dos anos 70.

Na banda João Paulo (guitarra e voz), Hélio Pisca (bateria e pandeirola), Junior Bocão (baixo e voz) e Leonardo (teclado e voz).

[editar] História

O Mopho tem suas origens no agreste alagoano, mais precisamente em 1989, na cidade de Arapiraca, famosa pela intensa produção de fumo. Com um grupo cover dos Beatles, João Paulo e Junior Bocão agitavam os fins de semana embalando os clássicos dos fab four de Liverpool (ainda hoje é comum versões "Let it be" ou "Something" nos shows da banda).

Jovens, são pegos tardiamente pela ideologia punk e formam o grupo Os Delinqüentes. "Chegamos a fazer vários shows e até nos classificar para as finais de um festival secundarista de música", fala orgulhoso o guitarrista João Paulo.

Os primeiros passos do que viria ser o grupo Mopho começaram a ser dados com a mudança de João Paulo para a capital alagoana, em 1994, e a conseqüente formação do grupo Água Mineral, de "rock and roll pesadão", na análise do guitarrista. A demo-tape "Uma Leitura Mineral Incrível" já mostrava o norte que seguiria o grupo em sua futura formação.

Em meados de 1996, a cidade é invadida pela musicalidade retrô e absolutamente agradável dos quatro rapazes de interior. Os shows cresciam em qualidade técnica, energia e atitude. Os ouvidos do roqueiro alagoano eram limpados por uma espécie de cotonete psicodélico, em apresentações cada vez mais inspiradas e pontuadas pela clássica estética do rock and roll.

Após a realização da primeira demo (ainda em cassete), também chamada "Uma Leitura Mineral Incrível", seguida do cd-demo "Um Dia de Cada Vez", o caminho a ser vislumbrado era óbvio: Mopho poderia conquistar o país. E assim, show após show, gravação após gravação, o grupo passou a ser quase unanimidade local.

Para os integrantes, o grupo tem um reconhecimento justo por parte dos fãs locais e uma grande admiração por ele ser um dos pioneiros na estruturação da farta cena musical alagoana, vide a projeção dos grupos Living In The Shit, Avoid, Ball, Dr. Charada, $ifrão, 70th Blight e Varnan.

Em contrapartida parecem sentir necessidade de um maior entendimento do público, "aqui em Alagoas nossa música é incompreendida de uma certa forma. As pessoas têm mais respeito por nossa musicalidade do que algum tipo de empatia com a proposta musical. Uma fatia mais jovem do público não tem uma boa referência do nosso som. De qualquer forma, para o cenário local, eu vejo o Mopho como um grupo efetivamente importante", finaliza.

[editar] Discografia

* Mopho (2000 - Baratos e afins)
* Sine D’Abolo Nullus Deus (2002 - Baratos e afins)

Mopho (2000)

O cd de estréia do grupo MOPHO é a demonstração concreta e viva de que, além do banditismo das elites, Alagoas tem uma juventude saudável, criativa e ligada, capaz de estar na vanguarda musical do país.

Correndo por fora dos modismos, com farta e rara demonstração de conhecimento da história do rock, especialmente o nacional, e uma qualidade instrumental muito acima da média, João Paulo (guitarra, violão e vocal), Hélio Pisca (bateria), Júnior Bocão (baixo e vocais) e Leonardo (teclados e vocal)apontam um novo caminho para o rock brasileiro do ano 2000.

Antes, na demo e, agora, no CD "oficial", apresentam uma série de canções que já nasceram hits - como "Nada Vai Mudar", "Não Mande Flores" e "Vamos Curtir Um Barato Juntos (Meu Bem)", marcadas pelo mix sonoro de Mutantes & Beatles, mais o rock "made in Brazil" dos anos 70 e o moderno e outsider power pop mundial.

Com nome inteligente, sacaneando a falsa e idiota "modernidade", a banda tem produção de Luiz "Baratos Afins" Calanca e elogios do ex-Mutantes Arnaldo Baptista, o que reforça a certeza de que estamos diante de um clássico da discografia roqueira nacional.

Sine D’Abolo Nullus Deus (2002)

Em 2000, a banda lançou o primeiro álbum, “Mopho”, e depois de um começo promissor, mergulhou em brigas internas e se dissolveu em 2002.

Em 2002, após muita reflexão, Leo e João Paulo se reencontraram para ressuscitar a Mopho, com o lançamento do excelente “Sine D’Abolo Nullus Deus”. Envolta numa aura de underground, a Mopho faz uma música de qualidade instigante. O som dos alagoanos pode ser resumido como uma poção de psicodelismo, niilismo e existencialismo. Sim, lembra muito Mutantes, Beatles e até o Pink Floyd da era Barrett. E daí? Afinal, quantas bandolas são cópias de formatos sem sal, fazem cara de mau com seus cavanhaques datados, mas que na verdade soam bem arrumadinhas, anti-sépticas e caretas, no sentido musical?

A Mopho foi talvez quem mais influenciou a nova cena "psicodélica” no Brasil arrancando elogios do maestro de Brian Wilson. A Mopho é uma viagem lisérgica reverenciada e referenciada por velhos e novos artistas do mundo rocker.

(wikipedia)


MOPHO -MOPHO

NADA VAI MUDAR
(J. Paulo)

A GELADEIRA
(J. Paulo)

NÃO MANDE FLORES
(J. Paulo)

ELA ME DEU UM BEIJO
(J. Paulo/Jr. Bocão/Leonardo/H. Pisca)

TUDO VAI MUDAR
(Leonardo)

TÃO LONGE
(J. Paulo) UMA LEITURA MINERAL INCRÍVEL
(J. Paulo)

EU QUERO TUDO
(J. Paulo)

A CARTA
(J. Paulo)

JÁ NÃO É MAIS
(Jr. Bocão)

MOSCA SOBRE A CABEÇA
(J. Paulo)

UM DIA DE CADA VEZ
(J. Paulo)

VAMOS CURTIR UM BARATO
(J. Paulo)

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